segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Poli desenvolve digitalizador de dados sobre biodiversidade

Bruna Rodrigues, da Assessoria de Imprensa da Poli
Plataforma lançada pelo Laboratório de Automação Agrícola (LAA) do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais (PCS) da Escola Politécnica (Poli) da USP, em conjunto com o Núcleo de Pesquisa em Biodiversidade e Computação (BioComp),  propõe uma nova forma de digitalização, manipulação e publicação de informações sobre biodiversidade. Seu objetivo é construir bancos de dados mais completos e organizados de laboratórios e instituições, com a possibilidade de interação entre eles.
Plataforma propõe nova forma de publicação sobre biodiversidade
A BioComp é um núcleo de pesquisa que reúne pesquisadores da USP (Escola Politécnica, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Instituto de Matemática e Estatística, Prefeitura do Campus da Capital, Instituto de Biociências, Escola de Artes, Ciências e Humanidades), além de instituições como Universidade de Santo Amaro, Universidade Federal do ABC, Universidade Federal de São Paulo.


A Biodiversity Data Digitizer (BDD), o programa em questão, está disponível na web a partir deste endereço. Ela permite ao usuário manipular seus dados de forma simples e objetiva, em especial aqueles sobre observações de campo e pequenas coleções, que não justificam ou exigem o uso de um software próprio. Segundo Antonio Saraiva, professor do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais (PCS) da Poli e coordenador do BioComp, “a ideia é que essa ferramenta possa ser utilizada por muita gente. Também vai ao encontro do objetivo do BioComp, que é o de ser um ambiente de colaboração, de modo a facilitar o encontro de pessoas das várias áreas ligadas à Biodiversidade”.
Com o propósito de melhorar e manter a qualidade dos dados armazenados, a BDD auxilia os usuários por meio de sugestões dos nomes científicos que já estão nos bancos oficiais, como os obtidos a partir do Catálogo da Vida (Catalog of Life) para nomes taxonômicos. Quando o usuário preenche o formulário com um nome científico, e este está na lista de referência ou já foi registrado, todos os outros campos ligados a ele, como o reino, o filo e a classe, por exemplo, são preenchidos automaticamente, de modo a melhorar e complementar o registro de dados e, com isso diminuir a chance de erros.
A plataforma conta com a possibilidade de inserção de outras mídias, como fotografias, áudios, vídeos e textos. Ela funciona a partir de módulos, e o primeiro engloba as ocorrências de espécimes, que foi como começou a BDD.
“Uma observação de um organismo na natureza pode ser considerada uma ocorrência e, por isso, cadastrada aqui, junto com a sua localização, táxon e quando foi observada. Há a possibilidade também de cadastrar o próprio espécime coletado, no caso de coleções. O segundo módulo possível é o de interação. Ou seja, eu consigo comunicar ao sistema as relações entre espécimes. Como, por exemplo, uma abelha polinizando uma planta”, explica Allan Koch Veiga, autor da dissertação de mestrado relacionada à BDD.
Outra função dessa plataforma é a importação ou exportação de planilhas, facilitando o trabalho do pesquisador que já possui seus dados catalogados nesse meio. Além disso, esse programa tem o objetivo de promover a interação entre pesquisas e acervos, a concentração de dados sobre biodiversidade e uma possível abertura de todo esse material tanto para a comunidade científica, como também para o público em geral.


Foto: Wikimedia

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